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Inclusão: os funcionários estão preparados para trabalhar juntos?



Nas empresas que não possuem uma cultura de integração é notória a discriminação e até mesmo a rejeição da maioria dos colaboradores em relação aos PcDs. Muitas pessoas consideradas “normais” ainda não se sentem à vontade para compartilhar suas mesas com as pessoas com deficiências.


Muitas pessoas que leem este texto sabem que não é algo espantoso trabalhar ao lado de uma PcD, e sim uma experiência que muitos poderão admirar; e notar a eficiência e a capacidade que uma PcD tem, quando lhe é entregue uma tarefa a ser cumprida em um determinado espaço de tempo. PcDs são pessoas que têm apenas algumas limitações, sendo capazes de realizar a maioria das tarefas que as pessoas consideradas “normais” realizam.


Portanto, pode-se concluir que qualquer problema quanto à convivência surge de pessoas com mente e visão pequenas.


Portanto, um conselho muito importante: ao invés de ignorar umaPcD na sala onde trabalha, chame-a para se juntar ao grupo, pois assim as PcDs se sentirão motivadas, felizes e capazes de contribuir diretamente com esse grupo e com a empresa.


E, para não generalizar, é certo que em algumas "raras" empresas existem pessoas que ajudam asPcDs. Mas sabemos que a grande maioria dos colegas de trabalho ainda deixam PcDs de lado (mesmo sendo graduado/pós-graduado) simplesmente por terem uma limitação.


Esses funcionários poderiam passar por treinamentos tipo: “virar PcD por um dia” e trabalhar, por exemplo, utilizando uma cadeira de rodas, ou de olhos vendados ou até mesmo com protetor auricular (para não escutar absolutamente nada e só fazer leitura labial).


Existem programas de inclusão para PcD que vão além de simplesmente esclarecer os funcionários sobre a necessidade de dividir o ambiente de trabalho com pessoas com deficiência: eles têm o intuito de demonstrar a importância de partilhar e conviver com essas pessoas, e também com outras que sofrem com a discriminação social.


É importante que o programa ensine o quanto é produtivo conviver com pessoas diferentes e aprender com elas; os funcionários devem entender que PcDs não são dependentes de outras pessoas, mas podem ensinar e tornar a experiência cotidiana de trabalho mais atraente e valiosa.


Não se deve esquecer também de adaptar o espaço físico, ainda que gradualmente, às limitações dos novos funcionários como: rampas, banheiros adaptados, sinais sonoros e utilização da comunicação em braile e Libras.


Seria muito bom se todas as empresas e seus funcionários tivessem essa vontade em ajudar

- por exemplo: aprendendo Libras. Assim iriam contribuir para um mundo muito melhor.


É interessante que o departamento de Rh, juntamente com os gestores das diferentes áreas da empresa, elabore um projeto de inclusão social interna, voltado para os funcionários e gestores, visando, em primeiro lugar, verificar o nível de aceitação x rejeição ao novo por parte das pessoas e equipes. Em segundo lugar, executando atividades para sensibilização e treinamento de todos os setores, especialmente os gestores.


Essas atividades podem incluir palestras, cursos e aulas ministradas por pessoas especializadas, como, por exemplo: psicólogos, professores ou até mesmo a própria PcD, para tirar todas dúvidas das pessoas envolvidas. A participação, não somente de funcionários, mas também de gestores e diretores, deve ser ativa, e é importante que sejam feitas análises dos resultados para conferir o nível de qualidade da mudança de comportamento entre os funcionários.


Vocês podem ter certeza, quando isso acontecer nas empresas, todas as pessoas, desde a faxineira até ao diretor, começarão a pensar de uma forma bem diferente de como pensavam antes.

Ana Bracarense PCD 28/02/2016

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