Remo
15ª modalidade: Remo
Remo Paralímpico ou Adaptável, normatizado pelo CPB "Comitê Paralímpico Brasileiro", é a pratica de Remo por pessoas com deficiência ou limitação física, visual e déficit intelectual, que tenham mobilidade mínima de braços, incluindo paraplegia, quadriplegia, Síndrome de Down, cegueira, deficiência visual, esclerose múltipla e paralisia cerebral. O Remo Adaptável cria instrumentos facilitadores junto ao barco e remos para que o aluno possa remar utilizando toda musculatura capaz de ativação, a fim de que o barco navegue de maneira ágil e segura em ambiente saudável junto a natureza. A nível competitivo, a CBR "Confederação Brasileira de Remo" segue as regras da FISA, "Fédération Internationale des Sociétés d’Aviron", entidade que gerencia o Remo no mundo e descreve três categorias Paralímpicas;
Categoria "As" (arms and shoulders)
Remadores que possuem somente mobilidade de ombros e braços.
Prejuízo neurológico: equivalente a uma lesão medular completa em T10.
Perda de função motora no tronco e pernas Paralisia cerebral: CP4, de acordo com a CPISRA
Caso apresente perda motora nos membros superiores poderá utilizar equipamentos para adaptações para a prática da modalidade. Para provas regidas pela FISA, temos nesta categoria a Classe de Barcos Individual Feminino "ASW1x" (women’s single, arms and shoulders), e Masculino, ASM1x (men’s single, arms and shoulders).
1 Remador(a) com assento fixo e equipamento de segurança obrigatório.
As provas são disputadas em 1000 metros.
Categoria "TA" (trunk and arms).
Remadores que possuem mobilidade de tronco e braços. Amputações nos membros inferiores que impossibilitem a utilização do acento deslizante. Paralisia cerebral: CP5, de acordo com a CPISRA Prejuízo neurológico: equivalente a uma lesão medular completa em L4. Para provas regidas pela FISA, temos nesta categoria a Classe de Barcos duplos mistos. 2 remadores, sendo 1 homem e 1 mulher, com assentos fixo. "TAMix2x" (trunk and arms mixed double scull). As provas são disputadas em 1000 metros.
Categoria "LTA" (legs, trunk and arms).
Remadores que possuem mobilidade de pernas, tronco e braços. Cegueira: 10% de visão, de acordo com a IBSA (B1, B2 e B3); uso obrigatório de venda. Não poderá compor a mesma tripulação 2 atletas B3. Amputação: a) um único pé; b) 3 dedos da mão que permitam ao atleta a utilização do acento deslizante Paralisia cerebral: CP8, de acordo com a CP-ISRA Prejuízo neurológico: mínima perda motora conforme tabela manual FISA EX. flexão e extensão do tornozelo, punho ou ombro. Na Categoria LTA, inclui-se tambem a classe não Paralímpica de Remo Adaptável, designada como "LTAIDMix4+" (Legs, trunk and arms mixed coxed four for intellectually disabled), na qual se incluem remadores com Prejuízo intelectual: critérios da Federação Desportiva Internacional para pessoas com Inaptidão Intelectual (INAS-FID) para eventos não qualificatórios IPC. Para provas regidas pela FISA, temos nesta categoria a Classe de Barcos quadruplos mistos com timoneiro. 4 remadores sendo 2 homens e duas mulheres mais o Timoneiro. As provas são disputadas em 1000 metros.
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A estreia do remo adaptado nos Jogos Paralímpicos aconteceu em 2008, na edição de Pequim. O Brasil participou desta paralimpíada com nove atletas e levou para casa a medalha de bronze no Double Skiff TA Misto (TA Mix2x), com a dupla Josiane Lima e Elton Santana. Todos os para-remadores brasileiros nas paralimpíadas chegaram às finais de suas provas. Em Londres, a atleta Cláudia Santos não levou a medalha de bronze por apenas 32 centésimos de segundo, em uma disputa acirrada com a remadora da Bielorrússia.
Nos Jogos Paralímpicos se aplicam as mesmas regras de classificação dos Jogos Olímpicos, porém são realizadas apenas quatro provas: duas na categoria AS (braços e ombros, provas masculina e feminina), uma na categoria TA (tronco e braços, prova mista) e uma na categoria LTA (pernas, tronco e braços, prova mista). As disputas paralímpicas são todas realizadas em percursos de 1000 metros. Nas Paralimpíadas de 2016, que acontece entre os dias 07 e 18 de setembro no Rio de Janeiro, o Brasil estará presente com três barcos: René Pereira, no Single Skiff AS Masculino (AS M1x); Cláudia Santos, no Single Skiff AS Feminino (W1x); e a dupla Josiane Lima e Michel Pessanha no Double Skiff TA Misto (TA Mix2x).
Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro retirado do site aqui
Atleta
Josiane Lima começou a prática da modalidade em 2006 sem muitas expectativas. Dois anos mais cedo, sofreu um grave acidente de moto em Santo Antônio de Lisboa. Perdeu a mobilidade da perna esquerda, por isso anda com auxílio de uma bengala. Mas foi só após do acidente que ela começou a praticar o remo. Mesmo assim, no ano seguinte já era campeã mundial na mundial na Alemanha. Hoje coleciona medalhas em quatro continentes.
Retirado daqui
OBS: Josiane Lima é a única mulher brasileira com uma medalha paralímpica no remo. O resultado veio em Pequim-2008, quando ela conquistou, ao lado de Elton Santana, o bronze nas duplas mistas.
Retirado daqui
Parabéns Josiane, vamos conquistar muito mais medalhas nas Paralimpiadas Rio 2016. Nós mulheres contamos e torcemos por você.
Hoje em dia, todos podem observar que, em qualquer modalidade paralímpicas têm mulheres competindo. Isso é um avanço muito grande e uma alegria a nós mulheres, mostrarmos como somos capazes.
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Ana Bracarense PCD