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Acordei PCD, e agora?


As pessoas já adolescentes/adultas, que sofrem acidentes, ou descobrem doenças e que até por causa dessas(es) acidentes/doenças façam com que as mesmas percam mobilidade de membros: ou inferiores ou superiores, surjam a pergunta: “como ser, como agir, como lidar com a situação e de quem tem que vim o primeiro passo para a reabilitação?”.

Pois eu mesma sofri um acidente, mas eu tinha somente 1 ano e 4 meses. Então eu já cresci adaptando-me a tudo e a todos. Mas não deixei-me abater por isso. Graduei-me duas vezes: Matemática e Administração de Empresas, fiz Pós-graduação em Logística e hoje possuo minha empresa de consultoria sobre vagas para deficientes.

Não é fácil para ninguém tanto o que perdeu a mobilidade recentemente quanto a família, porém a primeira pessoa a aceitar essa mudança repentina de vida é a própria pessoa que ontem era “normal” e hoje virou PCD.

Quem não se lembra de: Ayrton Senna que sofreu um grave e terrível acidente, vindo a falecer no dia 1º de maio de 1994 (e se tivesse sobrevivido ficaria com sequelas, pois foi atingido na cabeça); Gerson Brenner que em 1998, durante uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro, o ator foi vítima de uma armadilha criminosa ao parar seu carro perto do acesso 60 da Rodovia Ayrton Senna, para trocar o pneu, tendo sido baleado na cabeça ao ser atacado por bandidos que queriam subtrair o veículo. Em razão do acidente, passou meses em coma e sofreu diversas sequelas, tais como distúrbios na fala, na motricidade e na capacidade cognitiva. Confinado a uma cadeira de rodas, atualmente ainda está em tratamento para se recuperar. (texto completo aqui); Michael Schumacher que no dia 29 de dezembro de 2013, envolveu-se num grave acidente enquanto esquiava na estação de Meribel nos Alpes Franceses. O ex-piloto bateu a cabeça numa pedra e entrou em coma. (texto completo aqui)

E o caso mais recente: delegação da Chapecoense, todos felizes, viajando para Medellín (sua primeira participação em Campeonato Internacional) 77 tripulantes sendo 71 mortos e 6 sobreviventes, sendo um dos sobreviventes terá que amputar uma das pernas.

Como lidar diante essa situação, como o próprio jogador ou a pessoa que virou PCD tem que reagir num momento de dor, sofrimento e tristeza?. Será que esses sobreviventes terão cabeça agora para pensar numa reabilitação? Será que a família está estruturada para apoiar e incentivar a não desistir de lutar, principalmente pela vida? Todas as pessoas que estarão ao redor da PCD terão uma estrutura emocional para incentivar a viver e a lutar para retomar a vida?

Bom, isso dependerá não somente da pessoa que se tornou PCD e sim das pessoas ao seu redor (familiares, pais, filhos, amigos), pois todos poderão fazer a PCD refletir e ver que o mundo não acabou completamente.

E quantas pessoas anônimas também já não sofreram e viraram PCDs que desconhecemos? Quero deixar aqui minha solidariedade e meu apoio a todas as pessoas que se tornaram PCDs. E para finalizar deixo uma frase de reflexão: “não ignore PCDs, não desmotive PCDs, pois hoje você pode estar normal, mas amanhã a PCD pode ser você”.

ANA BRACARENSE PCD

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