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Por que alguns jornalistas têm receio de entrevistar Pessoas com Deficiência



Batendo papo dia destes com colegas jornalistas da minha página do Facebook descobri que jornalistas possuem receio ou medo de entrevistar PcDs (Pessoas com Deficiência) ou por não saber qual tipo de pergunta será ou não ofensiva ou por não saber como se portar diante uma pessoa que não tem algum membro ou mobilidade reduzida.


Como ser, como lidar, como conversar, como olhar, como agir?

Talvez o receio começa a diminuir quando estes profissionais passam a trabalhar com PcDs em suas empresas ou até mesmo nas coberturas esportivas regionais, nacionais ou internacionais de paratletas.


Pode-se dizer que é o que está acontecendo comigo hoje. Há cinco meses como colaboradora esportiva em um site, estou tendo (mesmo que de longe) um apoio, ajuda e auxílio de vários jornalistas. E esses estão podendo conhecer e conviver com uma PcD.


E com eles já aprendi que Jornalista é aquele profissional que coleta, escreve ou distribui notícias ou outra informação que pode ser dividida em: pauta fria e pauta quente. Por exemplo: Pauta Fria é uma noticia não inédita e que o jornalista tem tempo pra se aprofundar no assunto e Pauta Quente: é uma notícia inédita (algum acontecimento que aconteceu ali nesse exato momento). E também que cobrem eventos ou jogos.


No bate papo com meus colegas jornalistas recebi as seguintes razões sobre a dificuldade em lidar conosco:

  • por pouco contato que o jornalista tem em relação aos esportes Paralímpicos;

  • há mais falta de interesse da grande mídia no assunto;

  • possuem dificuldades de abordagens: não compreenderem onde estão os limites de capacidade e de relacionamento de pessoas com deficiência. No sentido de não saber que tipo de pergunta pode soar ofensiva, magoar ou mesmo que possa soar como depreciativa, de não saber qual maneira lidar com a deficiência de um paratleta sem que isso pareça superioridade, dó ou coisas do tipo;

  • devido a ter limitações de perguntas, pensar que a resposta é preconceituosa, algo do tipo, e também alguns jornalistas tem medo ou tem receio do que os paratletas vão dizer ou pensar daquela pergunta e achar que pode ser meia ofensiva;

  • medo de dar furo, por exemplo: uma pessoa pedir para todos ficarem em pé para escutar o Hino do Brasil, mas tem cadeirante na sala;

  • em falar com paratletas cara a cara ainda há um pouco de receio, pois o jornalista está ali vendo o paratleta, agora já é diferente se fizer uma reportagem via e-mail ou whatzap seria mais fácil, pois o jornalista não teria o contato visual. Esses dois casos são bem diferentes

Já os que comentaram não ter receio ou dificuldade explicam:

  • são curiosos e querer saber de tudo um pouco. Mas alegam que um jornalista novato pode ter receio mais pela falta de experiência da profissão, pois o jornalista, considerado o verdadeiro profissional, sempre encontra uma forma de perguntar sem magoar;

  • jornalista hoje em dia olha muito para o lado da audiência;

  • Se for bom profissional não pode ter receio;

Para outros jornalistas cada caso é um caso:

  • Deveria ser o contrário, ao invés de ter receio deveria servir como inspiração e exemplo para todos.

Mas enquanto as TVs não começarem a fazer todas as coberturas de jogos Paralímpicos, esses receios de jornalistas não acabarão.

Se você é um jornalista ou futuro profissional desta arte de transmitir noticias, deixo minhas pequenas dicas para quebrar as barreiras:

  • passar a conviver com PcDs;

  • trabalhar no dia-a-dia com PcDs;

  • cobrir todos os jogos regionais de suas localidades com paratletas, caso pense em ser jornalista esportivo.

Quem sabe essa aproximação não lhe permite ter um “furo jornalístico” e concorrer aos melhores e maiores prêmios de sua categoria?

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