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Uma Mão na Roda: a importância de PcD aceitar ajuda


Crédito da foto: <a href="https://www.freepik.com/free-photos-vectors/people">People photo created by freepik - www.freepik.com</a>

Muitas PcDs têm receio, medo de aceitar ajuda de pessoas, pois percebem que muitas dessas pessoas não respeitam PcDs.


A PcD tem que se organizar diante da vida; manter a mente e o corpo em bom estado ajuda muito a reduzir os riscos de estresse e a se transformar em uma pessoa mais feliz. Sempre é bom participar e ajudar a família nas tarefas do dia-a-dia em casa - claro que em atividades que as PcDs conseguem realizar. Porém, se as PcDs não conseguem arrumar a casa, lavar a roupa ou até mesmo preparar a própria comida, existem algumas opções:


  1. As PcDs têm que pedir ajuda (seja para cônjuge ou para familiares). Aí vai depender se esses familiares vãoestar dispostos a ajudar, pois, na grande maioria dos casos, os próprios familiares deixam as PcDs de lado e não dão a elas a atenção necessária.

Porém é muito importante que as PcDs não se permitam, por precisar solicitar ajuda, passar a depender sempre da família; muitas vezes, o que conseguem em troca de pedir ajuda à família é ficar presas aos familiares, principalmente se estes forem abusivos.


2. Outra opção é solicitar ajuda de amigos em troca de algo que as PcDs sabem e podem fazer. Claro que, se for algo em que as PcDs não puderem ajudar, não peça ajuda a elas.


3) Uma outra opção ainda é procurar recursos e instituições locais de apoio às PcDs. Na maior parte das cidades existem ONGs que ajudam PcDs a cobrirem e descobrirem quais são suas dificuldades de cuidado pessoal. As PcDs podem conseguir um apoio pessoal, que será pago pela ONG para ir até sua casa e resolver assuntos na rua pela PcD, ou simplesmente conduzir PcDs pela cidade, caso não possam fazer essas idas sozinhas. Porém é importante que as PcDs não se tornem dependentes de outras pessoas para conseguir fazer suas atividades, dentro de casa ou na rua. A independência das PcDs em relação aos familiares é importante, pois, quando elas perderem seus familiares, irão conseguir seguir a vida normalmente.


Praticar algum tipo de exercício físico faz bem tanto para o corpo quanto para a mente. Quando se trata de PcDs que têm alguma perda de mobilidade, é importante ir ao médico verificar quais tipos de exercícios podem fazer. Existem muitas PcDs que, por terem começado a praticar exercícios, já se tornaram paratletas campeões em suas modalidades em várias competições.


No entanto, muitas PcDs têm medo ou vergonha de fazer exercícios junto com outras pessoas. Esse medo, vergonha ou até mesmo receio acontece porque as pessoas consideradas “normais” olham de um modo diferente, sentem pena, ou até mesmo julgam que essas PcDs não darão conta de fazer os exercícios.


Todos os tipos de PcDs têm que aprender a ter calma com as pessoas que não tem deficiência. Mesmo com as pessoas que fazem piadas ou algum tipo de brincadeira de mau gosto com PcDs, pois existem modos de dar um “tapa” de luva de pelica. Se alguém falar algo de ruim de PcD, é preciso que a PcD mantenha a calma (respire fundo) e siga em frente. As PcDs têm que encarar esse momento mais engraçado, principalmente se for em público, com muita gente olhando e percebendo que as pessoas que zoam é que são as erradas e não as PcDs.


Muitas pessoas não sabem se comportar diante uma PcD e acabam ficando nervosas. É só ser firme ao não aceitar ajudas desnecessárias. As PcDs têm que saber como lidar educadamente com as pessoas sem deficiência e, assim que essas se acostumarem com as PcDs, vão reconhecê-las como uma pessoas normais e não tratá-las como “diferentes”. Muitas pessoas acham que as PcDs deveriam ser eternamente gratas por conselhos que não foram pedidos, ou qualquer outro tipo de atenção, sem se dar conta de que as PcDs também pensam e raciocinam normalmente. Às vezes, as PcDs dão sugestões até melhores do que as que não tem deficiência.


E aqueles que realmente respeitam vão perceber do quanto as PcDs são capazes. As PcDs têm que exigir respeito, porém manter a calma ao enfrentar esses tipos de desafios sociais gerados pela deficiência; essa atitude cria mais coragem de verdade. Cada situação tem sua própria saída. Como diz o ditado: “nada é por acaso” ou “tudo o que acontece com cada um, é porque conseguirá resolver”. É preciso desenvolver a assertividade ao invés de agressividade.


O fato de a maioria das PcDs serem legais, boazinhas e outros adjetivos positivos com todos ao seu redor, e de quase nunca ficarem bravas com ninguém, de início parece ser bom para ambas as partes (tanto para as PcDs quanto para as não PcDs). Mas, se nem ser boazinha resolve algumas situações, as PcDs têm que procurar outros meios assertivos e eficazes para lidar com essas pessoas difíceis. As PcDs sabem quem são seus amigos de verdade, e com quem elas podem realmente contar.


As PcDs podem e devem buscar apoio de psicólogos terapeutas, amigos próximos ou familiares que as compreendam, pois de nada adianta quererem conversar e desabafar se tiverem que falar com pessoas que não as apoiam.


As PcDs não podem se sentir culpadas (por terem nascido ou por terem sofrido acidente e se tornado PcDs). As PcDs não podem se sentir inferiores somente porque as pessoas sem deficiência se acham melhores do que elas.


Cada pessoa, com ou sem deficiência, é boa em determinado assunto. Mas existe um outro lado também: quando as pessoas sem deficiência consideram as PcDs como pessoas corajosas, as PcDs não devem pensar que isso seja falsidade; sim, é necessário que as PcDs estejam preparadas para receber elogios. Quem elogia está sendo sincero, e encontra inspiração na PcD e em suas atitudes e na forma como leva a vida. As PcDs, nesse caso, se tornam heroínas quando as habilidades para encarar de frente sua deficiência e situações sociais humilhantes inspiram outras pessoas. As PcDs podem se sentir orgulhosas e bem com elas mesmas; só não vale esfregar isso na cara dos outros. Não há a necessidade de achar que um elogio não seja verdadeiro. Existe uma grande diferença entre ter orgulho de si mesma, adquirindo confiança em sua habilidade para lidar com suas dificuldades, e se gabar, magoando a auto-estima dos outros.


Cada tipo de deficiência requer treinamentos e estratégias diferentes, mas necessárias, que podem enriquecer tanto a vida de PcD quanto a de não PcDs. Mesmo que as PcDs não possam mudar suas deficiências, podem melhorar suas vidas utilizando os auxílios e ferramentas existentes. Elas não podem sentir vergonha por usar auxílios para se locomoverem dentro ou fora de suas casas ou das empresas onde trabalham.


As PcDs também podem tirar proveito em conhecer outras PcDs com a mesma deficiência, para trocar informações e histórias vividas. E conhecer também PcDs com outros tipos de deficiência, para aprofundar cada vez mais seus conhecimentos e para procurar saber e ajudar outras pessoas. As PcDs entendem e já passaram por tudo pelo que outras PcDs estão passando, e isso pode ajudar a aumentar sua autoestima. Procurar apoio em grupos de pessoas que têm as mesmas dificuldades também é uma boa opção.


Lembrar que esses desafios sociais são reais é muito importante, já que existem muitas pessoas que não concordam com as PcDs e acabam colocando-as para baixo ou fazendo piada. Essa é a parte mais difícil: aprender a lidar e a não se desmotivar com isso.


Saber superar todo e qualquer preconceito é uma forma de as PcDs mostrarem às pessoas sem deficiência que conseguem viver em sociedade e no mundo empresarial. As pessoas, de uma forma geral, têm preconceitos com relação a religião, raça, cor, cultura ou classe social; e elas podem aprender muito lidando com o preconceito com o qual as PcDs têm lidado desde que adquiriram sua deficiência. Se as pessoas tratarem as PcDs ao seu redor com respeito, elas irão saber diferenciar quais são as PcDs que gostam e as que não gostam do respeito.


As PcDs também têm direito a ter um hobby. Descobrir esse hobby e fazer o que se gosta, por exemplo natação, dança, esporte (seja jogando ou assistindo) é bom para desligar a cabeça das preocupações cotidianas. Explorar seus interesses pode até fazer com que alguns deles virem trabalho autônomo ou atividade profissional. Além disso, é bom encontrar atividades das quais realmente gosta de exercitar/praticar.


Se as PcDs forem para clubes ou até mesmo para as ruas, vão encontrar pessoas que praticam exercícios físicos para manter a forma e, nesse encontro, terão assuntos mais interessantes para falar do que a própria deficiência. Com certeza, depois de algum tempo, as pessoas sem deficiência irão se acostumar e aceitar as PcDs, e passarão a respeitá-las mais; e as PcDs não precisarão mais ficar se justificando que são PcDs.


A internet pode ser um caminho para as PcDs buscarem informações sobre sua deficiência, como melhorar sua vida, o que fazer, como fazer e, até mesmo, conversar com outras PcDs ou com pessoas sem deficiência para trocar informações sobre assuntos variados, e se relacionar socialmente,. Ultimamente, existem tantas redes sociais para as pessoas se comunicarem, conhecerem os hábitos de outras pessoas, que fica até mais fácil para se relacionarem. Construir uma rede social sólida (na internet ou no mundo real) é essencial para viver bem, independente das pessoas terem ou não deficiência. Isso pode ser algo que uma pessoa sem deficiência poderá aprender: como as PcDs vivem e sobrevivem no mundo atual.


E, para finalizar, as PcDs têm que mostrar e fazer o seu melhor. Elas não tiveram escolha ao nascer ou se tornar PcDs, mas têm que encarar a vida para a frente, e saber que qualquer escolha é totalmente sua. É muito mais importante as PcDs se orgulharem pelas vezes em que tiveram sucesso do que se colocar para baixo por causa de derrotas que tiveram. As PcDs não podem julgar a si mesmas pelo que outros falam, mas sim por elas mesmas. Aprender o que realmente podem fazer e usar isso como alavanca para cada progresso que busquem na vida.

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